17 de jun. de 2011

SKINNI FESTIVAL – PARTE 2: MOTORES LIGADOS


Por Victor Matheus - Blog Roraimarocknroll

Continuo a crônica sobre o Skinni Festival apresentando o segundo capítulo, com comentários sobre os pontos positivos e negativos da produção do evento principal. Não pense que pelo fato de ser o organizador do evento, e no final o resultado ter sido positivo e um sucesso que tudo foram flores. Não mesmo! Houve falhas sim, e temos que reconhecê-las para saná-las no futuro, mas também temos que reconhecer que os pontos negativos foram ultra ofuscados pelos positivos, que ganharam de goleada.

MAIS AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA

Por já ter sido colaborador do Circuito Fora do Eixo e ter participado com a Veludo Branco de vários festivais pelo país, sendo na maioria deles ligados também ao Fora do Eixo, tive a oportunidade de vivenciar in loco todas as esferas de um trabalho de produção de eventos, em especial os festivais, seja tocando, seja colaborando. As referências e inspiração do Skinni Festival partiram dessas experiências com o Fora do Eixo e de algumas frentes de trabalho executadas pelo circuito e do qual muito me agradam, bem como também me inspirei no Rock in Rio, Lolapalloza, Coachela e SWU. Botei tudo isso no liquidificador, contextualizei com a realidade da nossa cena, e o resultado foi o Skinni Festival, um misto de tudo que na minha cabeça, é o que precisa ser feito para realmente por a cena do rock n'roll roraimense em evidência.

Do CFE inclui o Atendimento solidário (Transporte das bandas, almoço solidário, colaboração na compra de passagens). Valorizei as bandas, dando o mínimo de atendimento que ao meu ver julgo justo, colocando-os em confortáveis hotéis, almoçando e jantando em restaurante, e dando o máximo de visibilidade e promoção de seus nomes na mídia. Também incluí o serviço de Banca de Produtos das bandas.

Percebi também a necessidade de reverberar isso na mídia nacional, e mostrar não só localmente o que estava acontecendo, por isso convidei o amigo jornalista Humberto Finatti para fazer a cobertura do Festival, que saiu no portal Dynamite, Blog Zapnroll, e ainda terá uma resenha no Caderno 2 do jornal Estado de São Paulo. Além disso, também resolvi utilizar outras ferramentas muito usadas pelo circuito, que é a cobertura colaborativa (twitter, facebook, twitcam, transmissão ao vivo dos shows) Para isso, convidei outro amigo jornalista e parceiro de trabalho – Sandro Nine – de Manaus para a cobertura colaborativa. Para a transmissão dos shows convidei Lucas Noronha. Para agregar outras tribos ao evento, propus também com o patrocinador Nuclear Skate Shop colocarmos uma mini rampa de skate no local do evento, o que foi de pronto selado.

Sandro Nine acabou não vindo por não conseguir a tempo uma passagem aérea com preço justo, já que teve que cancelar a vinda de ônibus por conta do que todos já sabem. Lucas Noronha simplesmente sumiu (novidade?) no dia do evento, comprometendo nosso trabalho nesse ponto. Os motivos até hoje eu não sei, mas a página já foi virada. Convidei o Coletivo Canoa Cultural para colaborar com sua Banca de Produtos durante o evento, mas o convite foi negado por motivos não convincentes. Já a pista de Skate teve vários problemas: 1º: O carro que transportaria a rampa não tinha gasolina. 2º Para resolver o problema, usamos o Jeep de Mirocem (colaborador do Skinni) para o transporte, mas a rampa era grande demais. Solução? Improvisamos um pequeno street pra galera do SK8. Se não foi digno pelo menos amenizou a nossa falha.

Somando ao atraso de 3 horas do início do evento, pela falta da luz, já comentada aqui anteriormente, a esses pontos negativos citados acima, o resto prosseguiu melhor que minha expectativa, e como havia planejado.

QUEBRANDO PARADIGMAS

Não vou me estender muito sobre os pontos positivos, pois quem esteve lá presente, sabe do que vou falar, por isso vou me limitar a tópicos e breves comentários:

Felipe Veras (Ostin) - A iluminação foi a coadjuvante perfeita 

Estrutura de Som: 
Quem disse que não dá pra colocar um som bom e com qualidade no Sesc Centro? Só falta vergonha na cara e mexer a bunda que o problema se resolve. Provamos que um investimento razoável nesse quesito já resolve o problema. Um som digno e de qualidade para as bandas. Dessa vez não atrapalhou e só deu mais brilho aos shows.

Iluminação: 
Pela primeira vez, um festival de rock no Sesc Centro com iluminação digna para as bandas. Se o som deu brilho aos shows, a iluminação foi a coadjuvante perfeita.

Projetor de Imagens: 
Todas as bandas tiveram projeções exclusivas durante os seus shows, sendo outra forma de valorizar os artistas. Um trabalho simples mas bem eficiente que dá mais valor visual ao Festival. Não sei como, ainda, quem faz evento de rock em BV não se tocou disso. Estranho.

Água no Palco: 
Podem reclamar de tudo, mas de água no palco para as bandas não. Foram 120 garrafas de 600ml disponíveis para as bandas. Patrocinadas pelo empresário Dolinha.

Técnicos de Som: 
Paulo Henrrique e Cléber como sempre eficientes e fazendo seu serviço com primor. Só aplausos.

Fotografia: 
Lanne Prata colaborou na Cobertura Visual com a excelência de sempre no seu trabalho, dando um toque a mais na cobertura audiovisual do evento.

Audiovisual: 
Ronny Cavalera foi responsável pela gravação do áudio dos shows; Mirocem Beltrão e Mathias “Gazela” pela gravação de imagens. O resultado será visto na Coletânia em CD do Festival e no Documentário. Em breve.

Área de Fumantes: 
Para a galera da fumaça, havia espaço exclusivo.

Praça de Alimentação: 
Dessa vez não faltou cerveja e ainda havia petiscos, e um caldo free para os clientes.

Segurança: 
Não houve registro de nenhuma briga durante o Festival, só a gatinha que deu aquela gorfada na amiga em pleno corredor de acesso ao show.

Além dos pontos positivos, o que muitos reclamaram foi das permissões de liberação do público somente após um determinado horário estipulado pela produção. Entenda o seguinte: Qualquer show grande segue esse padrão. Por que o Skinni não pode?

Peço para quem esteve lá, e discorda do que comentei acima, que deixe suas impressões nos comentários. Cite o que achou bom e ruim, pois esse feedback do público e de quem participou é necessário para que possamos melhorar cada vez mais a produção de nossos eventos.

* Continua...

16 comentários:

Lucchesi disse...

Boa.. Som e luzes estavam excelentes mesmo... Estrutura de palco boa.. O telão foi algo novo até então, pelo menos pra OSTIN... Sugiro pra que nos próximos eventos com o telão, as bandas bolem um material pra passar no telão... E que haja uma reunião com os técnicos de luz, pra quem sabe, sincronizar as luzes de acordo com as músicas.. Acho que ficaria foda.

Quando a liberação do publico antes das duas da manhã, realmente achei um problema... Teve gente que chegou cedo pra ver bandas que tocariam cedo..Mas devido ao atraso, as bandas acabaram tocando muito tarde e o publico não podia sair... Sugiro pra que nos proximos eventos, coloquem uma pessoa na entrada pra carimbar o pulso das pessoas que saem...

Eu podia sair, por ser de banda, mas me colocando como público, ficaria bem puto heiuahe.

Abraço.

Jacy Neto disse...

Poder sair, poderia sim. Mas, tinha que pagar novamente. Não achei ruim, foi uma boa Matheus.

Jacy Neto disse...

Eu perguntei do Matheus se a Johnny Manero podia fazer algo pra rolar no telão durante o show. Mas devido ser um festival, não foi aceito, pois, tudo deveria seguir um padrão de videos. Mesmo assim, acho que ficou legal.

Cesar... disse...

Quem sabe nos próximos a estrutura pode estar melhor ainda, com menos erros pelo que foi aprendido esse ano.
A tendência é melhorar!
Mais acertos e menos erros, mal posso esperar o próximo, com certeza o Skinni é o mais novo grande festival de Roraima!

\m/

Ramon Hiama disse...

para o próximo: mais bandas.

Ellen Carmaine disse...

Oi, gente! Não pude ir no Skinny, mas vi as fotos e quem estava lá disse q o som tava muito bom! Isso demonstra a preocupação em valorizar as bandas, pois é o mínimo que os festivais locais devem fazer com as bandas locais, pois cachê, necas, né! O mínimo é dar um som digno com uma iluminação digna!

Nós sabemos q, os últimos eventos roqueiros em Boa Vista, foram de espantar (rsrrsrs) o público! Isso não pode acontecer! O rock já é mal visto pelo público em geral, imagine fazendo de qualquer jeito! Concordo que tem q ter, mas com qualidade, pra as pessoas falarem bem, se sentirem bem e curtirem o evento, não falar mal dele! Espero, tb, que as bandas busquem a profissionalização para mostrarem um grande show, com otimas performances e empolgarem o público, pois isso eh show!

Parabéns aos organizadores do evento! Que venham outros mais! Quem sabe, a Klethus não participe no próximo! Tamu junto! Abraço!

Cesar... disse...

Já passou da hora de a gente ver a Klethus de volta a ação.. com nova formação..
estamos esperando.. hehehe

Ellen, um parabens enorme pela trilha sonora de O Estranho, fiquei abestado qdo vi nos créditos que a trilha era sua. pode investir na carreira q tu vai se dar bem..

\m/

Ellen Carmaine disse...

hahahahha! Obrigada, César! Que venham mais filmes, pois estamos batalhando juntamente com os amantes do cinema local, a fazer com qualidade, sempre!

Quanto a Klethus, vamos sim, voltar a ativa, principalmente, quando sabemos que podemos participar de eventos que valorizem as bandas! E já posso adiantar que a nova formação tá porrada!! Vai ser muito legal tocar pra galera novamente! Podem esperar covers do Dream Theater, 30 Seconds To Mars, Disturbed, dentre muitos outros, pois esse formação a gente tá enbriagados nessas influências.

Tamu junto!!

Ellen Carmaine disse...

Desculpem os erros de português aí acima.

Digitei muito rápido!! rsrsrsrsrs!

Abraço a todos!!

Cesar... disse...

td bem Ellen, aqui pode errar a vontade. é apenas um blog, assim como msn ou tuiter.. quem pentelha aki sobre erros não tem aparecido ultimamente.. kkkk

E.J.Lima disse...

kkkkkk pô Dream Theater, 30 Seconds To Mars, quero ver a Klethus mandar ver no cover! rsrs adoro*
realmente, a iluminação estava ótima! me surpreendeu! pois quase todos os eventos do sesc-rock que eu já fui a iluminação não era daquela qualidade, e ajudou na performance das bandas, enfim estava um brinco! rsrs
a pode errar aqui! acho q os professores de gramatica cansaram de ver os erros ortográficos que rola por aqui kkkk ! =D

Ellen Carmaine disse...

hahahahhahah! Que bom que posso errar, mas não é do meu feitio! Pois eh! A Klethus sempre querendo inovar! Acho que o nosso trabalho terá essa mistura. Imagine a fúria do Disturbed, com a técnica do Dream Theater e a energia do 30 Seconds To Mars? Será q dá rock? Espero q sim!

Ramon Hiama disse...

carajo Ellen, que mistureba boa, hein?

bom ver que esse repertorio de covers vai na contramão do gosto de muitas pessoas que se negam a expandir seus horizontes e abrir suas mentes. mesmo que a música seja excelente, a galera se recusa a ouvir por ser uma banda bem mainstream. geralmente fãs de Linkin Park, por exemplo, sofrem preconceito por curtirem isso, ao invés de uma banda com nome difícil que só se vê nas edições de Roadie Crew.

Ellen, me ganhou no Disturbed. mas, como fã de 30 Seconds To Mars e Dream Theater (sim, isso é possível!), espero ansiosamente para ouvir a Klethus mandando esse som!

Ellen Carmaine disse...

Na realidade, Ramon, qualquer segmento na sociedade tem seus preconceitos, o que é uma pena, pois, na minha humilde opinião, tudo tem seus prós e contras, no caso do nosso segmento, que é a música, assim como tem bandas boas no mainstream, tem outras que são uma m****! Assim como tem bandas boas no underground, tem bandas horríveis! Cada um tem livre arbítrio pra escolher o que bom para si, mesmo sendo péssimo pra vc! Viva a democracia!

Ramon, quanto às covers, ainda não sabemos como vamos gerenciar tudo isso, pois eu sou muito a favor de fazer uma versão a la Klethus!

Mas, espero que quando escutarem, vcs possam gostar!

E.J.Lima disse...

po estou ansiosa! =D

Ramon Hiama disse...

boa Ellen, espero ouvir essas versões em breve!