17 de jun. de 2011

OCUPANDO ESPAÇOS



Por Victor Matheus

Em qualquer estratégia de combate, alguns princípios básicos devem ser observados: organização das defesas para manter o território, manobras para ataques eficientes e rápidos, coalizão de grupos para fortalecimento da campanha e ganho de espaços do inimigo.

Contextualizando com a atual cena do rock de Roraima, o principal que observamos é um número grande de espaços abandonados ou disponíveis, mas não valorizados por um bom tempo pelos grupos que fazem a frente da promoção do rock do extremo norte do Brasil.

Agora que algumas bandeiras foram fincadas, territórios reivindicados, títulos emitidos e nomes colocados na mesa, o que vemos são várias frentes em uma disputa saudável pelo reconhecimento e referência na promoção da cultura do rock n’roll roraimense.

Várias são as filosofias tentando impor-se no mercado, com vários perfis: corporativas, associativas, comerciais, undergrounds e independentes, e todas elas sendo válidas de acordo com o momento em que são executadas, mas o que se faz necessário lembrar sempre é que todas podem co-existir pacificamente, com respeito.

Infelizmente, essa utopia proposta jamais se tornará fato, pelo menos até agora, já que algumas frentes usam de manobras mesquinhas, traiçoeiras, baixas, reprimindo e censurando novas frentes emergentes por puro medo de perder os espaços ou pelo ego afetado de perder outros que não deram valor, sem saber que a competição sempre foi saudável, beneficiando todos que fazem parte dessa cadeia, e mostrando que várias formas de trabalho em prol da cultura do rock n’roll podem co-existir pacificamente sem precisar usar de artifícios que mesmo numa guerra, são condenados pelos combatentes. Falta vergonha na cara de admitir suas falhas e humildade para reconhecê-las.

Cabem a nós, personagens dessa história, avaliar quem realmente está trabalhando em prol da cultura do nosso estado, em especial o rock, de forma digna, transparente, agregando todos, e quem está apenas “mamando nas tetas de editais e do dinheiro público” fazendo “cultura para burguês” restringindo o acesso a esse fomento ao invés de realmente trabalhar de fato para todos e respeitar os princípios que pregam.

Artigo originalmente publicado em

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