17 de jun. de 2013

NA REDE - O ROCK RORAIMENSE DA BANDA DITAMBAH



por RAISA CARVALHO

Muito já se ouviu falar que para ser intitulado como “rock de verdade” é preciso muito mais do que uma música agressiva, e sim passar uma mensagem que leve a reflexão e uma nova atitude. Assim é a nova música “Beiral” da banda de rock independente Ditambah recém lançada pela web e pelas rádios alternativas de Boa Vista.

A música fala sobre o cotidiano de pessoas que moram uma parte da cidade denominada por sua localização às margens do rio Branco. A letra do vocalista Rodrigo Mebs foi escrita para concorrer ao Festival de música Canto Forte.

“É uma crítica social, conta a história de ‘um garoto qualquer’ que perdido no vício desce ao beiral em busca da droga. Nesse caminho, cruza com diversas pessoas que simplesmente o ignoram.” explicou Mebs.

Além de Rodrigo, a Ditambah é formada por Jorge Holanda no baixo, Alexandre Horta na guitarra e Cesar Matuza na bateria. A banda reúne uma influência regionalista com poesia e guitarras pesadas, mas sempre livre de qualquer rótulo e sendo muito competentes dentro da proposta que seguem.


Ditambah surge para saciar a sede dos fãs do rock que estavam carentes de músicas com conteúdo. A estreia da banda nos palcos de Roraima aconteceu em março, atualmente a banda se prepara para dividir o palco com o Sepultura e bandas de rock local no Sesc Fest Rock que será realizado nos dias 13 e 14 de julho.

A música está disponível para download no endereço http://somdonorte.blogspot.com.br/ e www.roraimarocknroll.blogspot.com. A banda também possui uma página no Facebook:https://www.facebook.com/pages/Ditambah/147033238795136?fref=ts



BEIRAL – DITAMBAH
(Letra: Rodrigo Mebs / Música: Ditambah)

Desce a Jaime Brasil, um garoto qualquer
de regata e bermuda e chinelos nos pés
Desce a Jaime Brasil, e você finge não ver
um caso, um descaso, um garoto qualquer
Desce a Jaime Brasil, quem me pede cigarros
e não me deixa acender, vai perdido entre carros
e ninguém quer saber
Contorna a Igreja Matriz, e os fieis ignoram
quem jamais foi feliz, entre tantos que choram
passa do Terminal
e já está no beiral

Cada um vende o seu peixe
cada um compra o que quer
a moeda é o que menos importa
mais um passo se encerra uma porta
mas esquecer é o que sempre conforta
era um garoto qualquer....

Fosse ele um colibri sem as asas
já distante demais de sua casa
sorveu mel com lábios em brasa
e sua vida amargou feito o fel
Numa noite amigos perdeu
numa noite perdeu sol e céu
as estrelas queimaram tão perto
que um deserto brotou no olhar
pra estancar cada lágrima ria
pra sorrir dedicou-se a chorar
espalhar pela face já fria
Toda areia encobrir todo lar
infestado de pétalas multicores
misturou-se inteiro no ar
num só beijo deitou entre flores
Entre velas partiu pra o luar
num só beijo despiu-se das dores
e jamais retornou a beijar

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