Por Victor Matheus - Blog Roraimarocknroll
O Blog Roraimarocknroll embarcou essa semana numa viagem cultural ao outro extremo do país, mais precisamente para Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e compartilha agora um pouco das experiências que está vivendo na capital dos pampas, berço de uma identidade cultural ímpar e frio de fazer doer até os ossos.
De tempos em tempos, gosto de viajar não só para relaxar o corpo e a mente, como também para conhecer novas cenas culturais, absorver o máximo de informações, ampliar o número de contatos profissionais para expandir meu trabalho musical e de produção artística, e é claro, fazer um tour cultural e etílica mergulhando nas noites de boemia das cidades por que passo, pois pra mim a melhor forma de fazer amizades e conseguir contatos é numa mesa de bar. Só neste ano, já tive a oportunidade de mais uma vez mergulhar na cena rock de Manaus, conhecer a emblemática Hell City (Cuiabá) e agora mais profundamente minha segunda casa – Porto Alegre.
É incrível como atravessar os extremos do país nos põe em realidades tão diferentes. Quando se fala de cultura então mais ainda. Amo demais minha Boa Vista, mas confesso que vir a Porto Alegre me faz dividir esse amor em duas partes. A capital do Rio Grande do Sul, fundada no século XVIII, conta hoje com mais de 1.4 milhões de pessoas, e respira cultura em todas as suas formas, cores, sabores e sons. Da clássica, com sua arquitetura rebuscada, prédios antigos, centro histórico e uma história que todos já conhecem (revolução farroupilha e afins), ao underground, com seus pubs, botecos, cafés, bares, casas de shows, teatros, praças, espaços culturais e um universo inteiro de possibilidades de interagir com a arte e cultura de modo geral, fazem da cidade um parque de diversão para quem ama o conhecimento, a arte e a cultura de modo geral.
Um dos diversos Sebos no Centro da Cidade
O centro cultural, noturno e da boemia se localiza entre o Centro, Parque da Redenção, Usina do Gasômetro a Cidade Baixa, onde a noite fervilha. Para quem quiser conhecer solitariamente a cidade (como foi meu caso), fica a dica de se hospedar no Centro, preferencialmente na Avenida Júlio de Castillo, que apresenta ótima localização, com hotéis que variam de diárias de single de R$ 49 a R$ 90, com conforto e segurança, tudo porque, como toda cidade grande, e principalmente no centro delas (isso é uma lógica que já foi constatada várias vezes), há todo tipo de gente e de todas as classes e profissões circulando. Para se ter um exemplo, a poucas quadras de onde me hospedei, fica o centro histórico, vários sebos, teatros e as avenidas Voluntários da Pátria e Farrapos, reduto de casas de entretenimentos noturnos (os bons e velhos cabarés, puteiros e casas de massagem), e moças de aparência duvidosa se expondo a vontade.
Se decidir cair cedo na esbórnia, pode circular sem problemas maiores, mas fica o conselho que depois das 10h rodar de táxi ou ônibus. Falando em ônibus, a malha urbana de transporte é ultra mega eficiente e de fácil assimilação. Também há o Trensurb (metrô) que liga a cidade a grande Metrópole. Outro fato interessante que constatei é um trabalho louvável da prefeitura local em revitalizar o centro histórico. A população ainda não dá exemplo de educação, porém mesmo sendo uma metrópole, as ruas são em geral limpas e bem conservadas, sem buracos, com grandes lixeiras estrategicamente posicionadas, e ótima sinalização, o que facilita os turistas a se localizarem sem grandes problemas.
Estação Mercado, do Trensurb
Como toda cidade grande, o centro e suas praças são palco para artistas de rua, cantores e violeiros, atores, batedores de carteira, gente apressada, um clima meio tenso de vida de cidade grande, e uma fotografia que enche os olhos dos visitantes. Quando se trata do inverno, estação na qual está em vigor, o ambiente da cidade pode ser comparada ao de Londres, com seu ar úmido, pessoas com seu ar blasé, clima extremamente frio e arquitetura antiga.
Cheguei à quarta feira no fim da tarde, e não perdi tempo. Instalei-me num hotel aconchegante na própria Júlio de Castillo citada anteriormente, me equipei de 2 camisetas, casaco, jeans, 2 meias, já que os termômetros marcavam algo em torno de 15 graus e me rumei a cidade baixa em busca de diversão nos cafés, pubs, botecos e lancherias. Minha noite de esbórnia acabaria só as 5 da manhã no pub Dr. Jekyll, mesmo local que a Veludo Branco iniciou sua tour ano passado, e onde curtiria uma típica festa rocker underground indie, com o show dos veteranos gaúchos Walverdes e o power trio Hangovers. Quer saber como acabou a noite? Bom, então espera o próximo capítulo.
Continua...
Um comentário:
Quando a postagem é boa, o povo não comenta. tsc tsc tsc
É porque meter o pau é muito mais fácil.
Ainda não tenho nem saudade de cidade grande.
Mas tô anciosa pela continuação, pois a parte sobre a noite muito me agrada!
*-*
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