Na Folha do Empreendedor de hoje você vai conhecer a trajetória do empresário Franklin Correa Lima, músico autodidata que aos 12 anos já integrava uma banda como baterista e aos 13 anos, acompanhava o irmão em shows, tocando profissionalmente. Seu grande sonho revela, sempre foi montar uma escola para ensinar outras crianças a tocar, projeto que virou realidade em 2008.
“Queria ensinar outras pessoas as técnicas musicais, para que não repetissem alguns vícios comuns de quem aprende sozinho e que, em muitos casos prejudicam o desenvolvimento das habilidades musicais.... Meu grande objetivo sempre foi compartilhar conhecimento e por meio da escola realizei meu sonho”.
O depoimento é do músico Franklin Correa Lima, um jovem empreendedor, apaixonado pela música e que elegeu como uma das prioridades de sua vida repassar e compartilhar o conhecimento musical adquirido por ele com muito esforço, empenho e dedicação. Autodidata, o músico diz que aprendeu sozinho grande parte do que sabe hoje sobre instrumentos musicais. A primeira bateria para onde o músico treinava, foi doada por um pai de um amigo do irmão.
Para evitar que outras crianças enfrentassem esse tipo de dificuldade, pensou em montar uma escola, onde o ensino de bateria e outros instrumentos fossem oferecidos a um baixo custo e por profissionais especializados. Seu sonho virou realidade em 2008 quando o músico abre o Instituto Bateras Beat, unidade de Boa Vista, uma franquia paulistana, que introduziu o ensino de bateria e outros instrumentos musicais no mercado local.
Franklin é um roraimense e ativista cultural. Por meio do seu trabalho tenta movimentar o cenário cultural e musical da cidade. Apesar de vários convites de trabalho em outros estados foi Boa Vista que escolheu para apostar no negócio, por reconhecer a carência de profissionais neste segmento.
A inspiração, conta que encontrou na própria casa. Seu irmão mais velho montou uma banda na escola onde era o vocalista e músico e exemplo que se inspirava. “Ele foi meu grande incentivador”, confirma.
Durante os ensaios da banda na garagem de casa, Franklin aprendeu a “tirar” os primeiros toques na bateria doada por um pai de um integrante da banda. “No começo, me atrevi e comecei a tocar triângulo e zabumba e quando vi a bateria disse que iria aprender a tocar, com a ajuda de revistas que ensinavam os primeiros passos. Dá para aprender sozinho na teoria musical, mas é fundamental o acompanhamento de um músico experiente”, ressalta.
Após cinco meses “tirando música”, técnica onde ouvia a música e tentava acompanhar o ritmo, “já estava pronto para os ensaios e, após um mês fiz o primeiro show. Ganhei o primeiro cachê de R$ 30”, experiência que se repetia pelo menos quatro vezes por mês.
Com o fim da banda, Flanklin e outros dois integrantes, os irmãos Gabriel e Rafael Lima decidiram continuar no ramo da música. “Gabriel hoje participa da Orquestra Filarmônica e Sinfônica do Amazonas e Rafael é baixista em Fortaleza”.
Músico precoce aos 14 anos foi contratado por outra banda e fazia dez shows por mês, em todo o estado e até Manaus (AM). Entre as experiências, destaca a proposta de emprego para tocar em banda de baile, que possibilitou tocar num Festival de Reggae, na banda com os artistas Eliakin Rufino e George Farias, trabalho que o projetou no mercado local.
Em 2004, aos 17 anos abriu a própria banda de axé e a levou para Manaus (AM). Ao retornar a Boa Vista, começa a dar aulas particulares e trabalhar em uma loja de instrumento musical. No entanto, não desistiu de sua grande paixão: a música e o ensino.
Empolgado com o plano de abrir o próprio negócio fez o primeiro investimento com o irmão ao montar um estúdio de gravação. “O meu irmão teve a sacada de abrirmos uma escola de música para dar aulas de bateria e começamos a pesquisar em franquias, foi quando viajei a São Paulo para conhecer a franquia Bateras Beat”, disse, ao completar que a escola já tinha 15 anos no mercado e iniciava o projeto de expansão, com sete franquias já instaladas; a de Boa Vista seria a oitava.
Em novembro de 2008 inaugurou o Instituto de Bateria Bateras Beat, num espaço adaptado na garagem de casa, com seis alunos.
Em 2012, o Instituto ganha a primeira sede oficial, quando se muda para a Avenida Mário Homem de Melo, no Mecejana, um espaço adequado para as aulas. Hoje o empresário comemora o sucesso da escola que tem mais de 127 alunos matriculados e emprega dez professores.
Para divulgar o Instituto e incentivar a prática da musicalização, o empresário já promoveu vários workshops e trouxe ao Estado diversos profissionais como o próprio fundador da franquia conhecido como Dino Verdade. “Realizamos também o evento 100% bateras em Boa Vista que teve a sua terceira edição e na última reuniu 50 bateristas”, contabiliza.
Escola oferece cursos de teoria e prática de cinco instrumentos, além de canto.
Com o crescimento da procura, o Instituto expandiu nos últimos cinco anos, se tornando um leque de opções de instrumentos musicais. “Vimos à necessidade e conforme a demanda abrimos novos cursos”, assegura.
A Escola trabalha teoria técnica e prática num processo passo a passo de ensino dos seguintes instrumentos: Bateria, Guitarra, Violão, Baixo e Piano (Teclado), além do Canto. Uma das técnicas de incentivo é a elaboração de um repertório que é tocado por uma banda formada pelos próprios alunos que se apresentam na Escola, conhecida como “Prática em Conjunto”.
O curso é dividido em módulos, onde o aluno, jáa partir do primeiro módulo começa a executar o instrumento. Ao final de cada módulo o aluno é avaliado, se aprovado ele segue para o próximo módulo. Cada módulo compreende seis meses.
“O nosso diferencial é que o aluno já sai tocando na primeira aula e ao final do curso ele recebe um certificado que é reconhecido em todo território nacional, como curso de nível técnico, com certificação do Ministério da Educação”, informou.
A iniciativa do empresário começa a colher os primeiros frutos. Um deles é do ex-aluno que hoje repete a trajetória de sucesso do professor. Ele já faz turnê com bandas locais e recentemente foi contratado como instrutor da Escola. “Temos outros exemplos, como alunos aprovados em conservatórios de música, que passaram com índice de aproveitamento de 100% em prática e 85% em teste teórico. Um grande orgulho... é uma sementinha que deu fruto”, comemora. “Para alunos carentes oferecemos bolsas de estudos de até 100% de desconto”, completou.
A Escola matricula alunos a partir de seis anos e uma das vantagens é que o aluno pode agendar o horário da aula. “Não formamos turma e a matrícula é feita a qualquer momento. Há ainda uma das modalidades de aula de 30 minutos para os instrumentos: Bateria, Violão e Guitarra, a um preço mais barato”, disse.
O Instituto de Música Bateras Beat Boa Vista, fica localizado na Avenida Mário Homem de Melo, nº: 1757, Mecejana. Funciona de segunda a sexta de 9h às21h, sem intervalo para o almoço e aos sábados das 9h às 18h. Telefones para contato: 3224-6909/ 9134-1143. Mais informações: www.baterasbeat.com.br/boavista.
PERFIL
Nome Completo: Franklin Correa Lima
Estado Civil: solteiro
Idade: 28 anos
Filhos: sem filhos
Por que investir em Roraima? A carência de profissionais e escolas de música na cidade.
Momento Inesquecível: Participar do DVD “Rumos”, do projeto Itaú Cultural, onde tive o prazer de tocar com o artista Eliakin Rufino. O DVD circula o mundo todo e deu visibilidade para meu trabalho a nível local e nacional.
O melhor da vida empresarial: São os frutos que colhemos; é ver as novas bandas surgindo e perceber que, por meio do seu trabalho, está estimulando a música e contribuindo para que o cenário musical cresça.
O que é ser empreendedor? É transformar sonhos em negócios.
Qual o segredo para fidelizar um cliente? Salas bem estruturadas, material didático de qualidade e horário flexível, onde o aluno agenda a melhor hora da sua aula.
Que conselho você daria a alguns que queiram montar o seu próprio negócio? Pesquisar o mercado, avaliar as possibilidades, planejar, e acima de tudo... só invista em um segmento que tenha conhecimento.
Qual o diferencial de sua empresa? No Instituto o aluno já sai tocando na primeira aula, curso credenciado pelo Ministério da Educação e nossos certificados são reconhecidos em todo o Brasil.
Qual sua próxima meta? A meta a curto prazo é atingir 250 alunos e a médio prazo criar mais dois pólos, um no bairro dos Estados e outro no Pintolândia.
boavista@baterasbeat.com.br; franklindrummer@gmail.com
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