8 de fev. de 2013

FATOS E FOTOS - DIVINE SYMPHONY EM BOA VISTA


A coluna FATOS E FOTOS, assinada pelo baterista CESAR MATUZA relembra outro grande momento do metal roraimense, a passagem da banda de white metal manaura DIVINE SYMPHONY no já saudoso templo do rock roraimense , o Sesc Centro.

Por Cesar Matuza

Olá amigos leitores do Blog de Rock mais movimentado e polêmico da região Norte. 

Hoje primeiramente quero agradecer a todos os leitores que prestigiam essa coluna e todo o conteúdo deste Blog, que apoiam e sabem que nossa intenção aqui é informar, discutir, relembrar, trocar idéias e abrir espaço para divulgação de matérias referentes às bandas de Boa Vista, aos que sabem que nosso trabalho é sério e tem a única intenção de melhorar cada vez mais nossa cena. 

Agradecimentos concluídos, vamos a nossa coluna de hoje, que vai falar do primeiro show de uma banda de White Metal (eu pessoalmente não gosto desse termo) que se apresentou aqui em Boa Vista. Falaremos hoje do show da Divine Symphony de Manaus, que rolou no (finado e saudoso) SESC Centro. 


No mesmo ano de 2005, que recebeu a Immortal Choir em Boa Vista, no mês de Novembro, mais precisamente no dia 12, foi a vez da galera de Boa Vista ter o privilégio de assistir uma das melhores bandas de Metal do Brasil, a Divine Symphony. 

Chegaram a Boa Vista com um CD lançado, 
o primeiro, com o Nome de “Reject Darkness”. 

Pouca gente na época conhecia o som da banda, e muitos torceram o nariz quando foi divulgado que a banda era (no termo pejorativo que eu particularmente não gosto) White Metal, ou seja, uma banda de Metal extremo com letras com temas cristãos. Começaram inclusive campanhas difamatórias para boicotarem o show, só por causa das letras, o que foi lamentável, mas na hora do show, os protestantes estavam todos presentes, e curtiram. Ponto positivo para o poder de integração do Metal. 

Pessoalmente, na minha opinião, essa rotulação de bandas não tem sentido, pois muitas vezes tem gente que ouve o som e acha “do caraí”, mas ai sabe que a letra (que ele não entendeu nada porque é inglês e gutural, que dificulta bastante a compreensão) é sobre temas Cristãos, aí diz que não presta. 

Afinal, o que importa a temática da letra, se a musica é boa, os instrumentos e a batida é boa, e cantam afinado, qual o problema da letra? É tão influente assim? Se quiser se interessar apenas por letras e versos, vá a um sarau de poesia, e não a um show de metal porra (minha opinião). 

Enfim, polêmicas religiosas a parte, que não é a temática nem a intenção desse Blog, vamos contar como foi essa noite: 

Lepthospirose - Formação renovada: 
Fabrício Cadela – Guitarra, Cesar – Bateria, Duarte – Vocal, Frankson – Baixo 

A abertura da noite ficou por conta da recém formada banda Kdaver, e logo em seguida foi a Lepthospirose, com a formação renovada, com sangue novo estilo de vocal, a banda aqueceu a galera.  


Com a participação super especial do André Mendonça, da Immortal Choir, que já na época já era super parceiro da Lepthos, que subiu ao palco pra tocar algumas musicas com a Lepthospirose, uma delas, Judas Priest – Braking the Law, que alucinou a galera e deixou todos no ponto pra destruição da Divine Symphony que viria a seguir. 

Energia no palco, a banda entrou destruindo tudo 

A banda entrou mandando um som potente, violentissimamente brutal e rápido, com teclados que davam um clima “sinistro” ao ambiente, e também com vocais femininos estilo lírico, interpretados com muita competência pela Rafaela (Grande amiga e ex proprietária da histórica casa de Metal Manauara, o Absynto Pub, local que abrigou várias noites antológicas da Lepthos em Manaus – Mas isso é para outra postagem). 

Kelton 

Na época com vocalista Janderson, a banda liderada pelo guitarrista Kelton Kellio, e ainda com o veloz e preciso Jonathas na bateria, fez um show de estremecer o SESC. Quem não esperava a brutalidade que viu saiu de lá com um novo conceito do que é Metal Extremo. Vi muitas pessoas, amigos e gente da área me parabenizar pela banda, me perguntavam onde eu descobri esses caras, e o quanto estavam impressionados com a qualidade do som, mesmo não sendo fãs de metal. 

O impressionante Jonathas 

A Divine desde então já voltou a Boa Vista, mas a falta de locais adequados para eventos desse tipo sacrificou um pouco as demais apresentações. Com novos CDs lançados e com boas críticas no exterior a banda só cresceu nesse tempo, lançando o CD “The History”, e agora trabalha no seu novo lançamento. Aguardamos ansiosos. 

Foi uma noite memorável, em tempos que não voltam mais, do pequeno mas aconchegante SESC Centro. 

FICARAM AS FOTOS 


O Palco 

A galera

O Caos... 

O Sesc Centro Lotado 

Fã desde o início da Dvine, 
Markitto Tattoo também estava presente por aqui nesse show 

Duarte Voz do Metal e seus agudos rasgados, nos microfones da Lepthospirose 

Saudade desse visual 

Sempre que escrevo essas colunas e vejo as fotos do SESC lotado em eventos de Metal, vem sempre a mesma pergunta “Por onde anda esse povo todo?”. Éramos uma cena promissora de Metal, as bandas de Manaus vinham e elogiavam e falavam bem, outras bandas em Manaus ficavam sabendo e entravam e contato para tocar aqui também. 

Vieram bandas da Guyana, da Venezuela (Haboryn, que hoje fixou moradia na Espanha e faz turnês Europeias). O que aconteceu pra entrar numa letargia tão grande? O show do Korzus, uma das maiores bandas de metal do Brasil teve um publico menor que qualquer desses shows do SESC Centro em meados do ano 2000. 

O SESC prepara a contratação do Sepultura para a 9ª edição do SESC Fest Rock, confesso que me preocupa quanto ao público que estará presente nesse show, seria um publico em numero digno da maior banda de Metal brasileira de todos os tempos? Fica a dúvida. 

Abraços a todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

o antidemon roubou a cena mesmo sem kerer do korzus no fest rock, essa é a verdade...